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/ CD-ROM Esotérica / Esotérica.img / arquivos / crcand07.dir / 00064_Bitmap_xire1 (.png) < prev    next >
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OCR: Xirê Findo o padê, o xire prossegue. Xire e uma estrutura sequencial de cantigas para todos os orixás cultuados na casa ou mesmo pela "nação" começando por Exu e indo até Oxalá. A palavra xirê significa brincar, dançar, e denota o tom alegre da festa de candomblé, onde os próprios vêm à terra para dançar, brincar com seus filhos. Durante o xirê, um a um, todos os orixás são saudados e louvados com cantigas próprias, às quais correspondem coreografias que particularizam as características de cada deus. É nesses momentos, de grande efervescência ritual, que as divindades "baixam". Na maioria dos candomblés o xirê segue a ordem seguinte: Primeiro toca-se para Exu, no padê, (porque ele é o intermediário entre os homens e os orixás, entre o mundo do além e o da terra); depois para Ogum (porque é o dono dos caminhos e dos metais e sem ele e suas invenções da faca e da enxada o sacrifício aos orixás e o trabalho na terra estariam impedidos), Oxóssi (porque é irmão de Ogum e porque também está ligado à sobrevivência através da caça e da pesca), Obaluaiê (porque é o orixá da cura das doenças, ou aqueles que as traz), Ossaim (dono das folhas que curam, daí sua ligação com Obaluaie e também porque nada se faz sem folhas no candomblé), Oxumarê (por sua ligação com Xangô, como escravo deste e como aquele que faz a ligação entre o céu (nuvens) e a terra), Xangô (deus do trovão e do fogo, trazido por Oxumare), Oxum (esposa favorita de Xangô), Logun-Ede (o filho de Oxum mas com Oxóssi),