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OCR: Ajeun Sendo a ato de comer tão importante no candomblé, é natural que comer constitua um ritual do qual todos possam participar. Por tanto, ao terminar o xirê toca-se e canta-se uma cantiga para a entrada do ajeun, refeição ritual que deve ser compartilhada por todos os que estão no terreiro e que pode constar das mais diversas comidas e bebidas, de acordo com o orixá e com as posses do iniciado. Essas comidas são preparadas com a carne dos animais sacrificados, pois apenas as vísceras e o sangue (onde se acredita estar o axé) são apreciadas pelos orixás Desses modo sempre há carne de cabrito, de carneiro, de porco, muito bem temperada, e arroz, farofa, além das comidas rituais como acarajé. omolucum, feijoada, canjica, etc. O ajeun entra no barracão em alguidares e opons (gamelas de madeira), carregados na cabeça pelos filhos-de-santo e é depositado sobre esteiras, no chão. Chama-se a esta "mesa" de mesa dos orixás. Ao cessarem os atabaques, a comida começa a ser servida, respeitando-se a hierarquia. Serve-se primeiro a mãe ou pai-de-santo, os ebomis, iaôs, abias e finalmente o público, que não deve recusar o prato de ajeun, o que é considerado uma grande desfeita, pois quebraria o momento mágico de partilha do axe dos orixás.