Labels:text | black and white | white OCR: Desconhecida entre nós - até à publicação recente de "Striker" e "Ranma" pela Texto Editora - a manga é um caso sério de po- pularidade em todo o mundo. Mas afinal o que é este fenómeno que tanto da que falar e ... ler? História aos quadradinhos em por- tuguês, Comics nos E.U.A ., Banda Dese- nhada nos países de lingua francesa, os ja- poneses chama-lhe manga, ou seja, imagem (ga) humoristi- ca (man). Manga é simplesmente Banda Desenhada japonesa. arte única, que congre- ga de forma simples e harmoniosa, texto e desenhos, para contar histórias plenas de acção. Mas qual o se- gredo do sucesso Manga? Com origem no século XVIII, pelas mãos do pintor Hoku- sal, a quem se deve a paternidade do termo, a manga teve o seu impulso a partir do fina da II Grande Guerra, quando o autor Tezuka Osamu, consegue publicar uma história destinada a um público ovem. E a partir deste momento que se dá a explosão desta técni- ca, tornando a manga uma realidade em ex- pansão. Actualmente o sucesso da BD japone- sa reside, na opinião de muitos dos autores, no facto de ser uma forma pratica, simples e acessivel de comuni- car com o publico, através de uma forte componente grafica que dispensa, em grande parte, de le- gendas. Por outro lado é barato, tem grande difusão comercial e é muito facil de ler. Na manga tudo e pensado ao milimetro, desde o tempo médio de leitura (cerca de 20 minutos o que permite uma via- gem distraída até ao trabalho), o papel, a cor e o destino final: o caixote do lixo. Em ter mos de personagens, é fácil identificar a não existência de super- homens, porque cada herói é um ser extraor- dinario a sua maneira -quer se trate de uma pessoa comum ou de um ente sobrenatural - o que activa a identifi- cação com o leitor. No quadro temático, a manga actualiza as contradições sociais e sexistas, de um oriente dicotómico entre o novo e o ancestral. Longe de funcionar como um espelho da realidade nipónica, a manga explora traço a traço os fantasmas do imaginário colectivo, funcionando cada per- sonagem como uma catarse efectiva para os "excessos" do Ja- pão contemporâneo
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