Informa que você deve aprender a ser impessoal e desapegado ou pelo menos deve tentar atenuar o aprisionamento que se impõe com relação às pessoas (relacionamento amoroso ou filhos) a fim de não precisar encarar a desilusão, a decepção, para se soltar deles. Mas lembre-se de que desapego não é desprezo. Com um potencial para manifestar forte sentimentalismo, abnegação e entrega nos assuntos amorosos e na relação com os filhos, você deverá demonstrar-se capaz de servir quem ama com total desprendimento, e na medida certa, sem se sobrecarregar nem se aviltar, devendo controlar-se, para não se preocupar excessivamente com eles nem fazer as coisas no lugar deles ou por eles. Se você estiver fora de si, é provável que você se entregue às drogas, ao álcool, ao fumo, à mistificação, as comidas prostrantes, etc., manifestando-se de forma violenta e irascível. Esta seria uma forma rápida, impetuosa e surpreendente, de colocar para fora o que tem dentro, como uma erupção desastrosa, de alguém que reprimiu aquilo que é irreprimível. Você poderá extrair o máximo de sua criatividade no isolamento, o que não significa na solidão, mas sim no estar consigo para se ser criativo, original e único. Outras fontes de prazer são as atividades diletantes, devocionais, voluntárias, altruístas, místicas ou ligadas a espiritualidade, e também aquelas que coloquem em contato com a água ou com as emoções. Mas você precisará ficar atento quanto ao estar fora de si porque mistificação difere, e muito, de misticismo, e abandonar seu corpo a outrem, ou a entidades não encarnadas, difere de entregar o corpo, o eu, a consciência à missão de sua alma para o propósito cósmico dos encarnados e não encarnados. Entrega, no entanto, é cessão mas na forma de transmissão, transferência, renúncia, pautada na humildade e no esforço de depressão ao ego (tomado como parte) que, longe de ser desistência, é afirmação da individualidade, da autonomia.